ONU aos 80 anos: entre a retórica da paz e a prática do fracasso
A Liga das Nações fracassou porque não conseguiu conter a escalada que levou à Segunda Guerra Mundial. Criada em 1920, após a primeira guerra mundial, com o objetivo de evitar novos conflitos, sucumbiu diante da agressividade das potências e da própria incapacidade de agir. Seu destino foi o descrédito e a extinção.
A Organização das Nações Unidas, fundada em 1945 como sucessora, parecia nascer com mais força, legitimidade e apoio internacional. Mas 80 anos depois, repete o mesmo roteiro de fracasso. Incapaz de evitar a guerra na Ucrânia e tantas outras. Incapaz de frear o terrorismo internacional. Incapaz de deter o avanço do antissemitismo. Incapaz de proteger os cristãos perseguidos e executados na África. Incapaz de se opor à violência sistemática contra mulheres e homossexuais em regimes islâmicos.
O episódio mais recente e emblemático foi o atentado terrorista do Hamas, em 7 de outubro de 2023, contra Israel. Além da brutalidade dos ataques (sequestros, assassinatos e estupros em massa), investigações revelaram a participação direta de funcionários da ONU em apoio logístico e até operacional ao atentado do Hamas. Em vez de condenar de forma firme e inequívoca os crimes, a organização preferiu discursos ambíguos, relativizando a barbárie. Este silêncio cúmplice expôs não apenas a ineficácia, mas a contaminação ideológica de sua própria estrutura.
Hoje, a ONU já não é um fórum imparcial de mediação e defesa da paz. Transformou-se num palco dominado por militantes de esquerda e por regimes autoritários que usam a tribuna para atacar democracias ocidentais enquanto protegem terroristas e ditaduras.
O paralelo com a Liga das Nações é inevitável, ambas se perderam na retórica, na burocracia e no alinhamento político. A ONU, que deveria ser guardiã da paz, tornou-se cúmplice da violência e do caos. Por isso, talvez seja necessário marcar simbolicamente seu fim no próprio aniversário de 80 anos, em 24 de outubro de 2025, reconhecendo que o mundo precisa de uma nova organização internacional, capaz de agir com firmeza, imparcialidade e coragem diante das ameaças reais à humanidade.
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